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A Transformação das Profissões com a Tecnologia

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A tecnologia vem se transformando e destruindo trabalhos há séculos, desde a descoberta do fogo até a criação da internet. Há uns anos atrás era impossível ligar pra alguém sem antes falar com um telefonista pra conectar sua ligação. Os vendedores de enciclopédia, que passavam de porta em porta vendendo livros gigantescos, eram o mais próximo que as pessoas pudessem chegar ao Google. E os motoristas de táxi eram os únicos a oferecerem um transporte particular, alternativo ao ônibus e ao metrô.

A telefonia moderna acabou com o emprego dos telefonistas. O Google deu um fim definitivo para o vendedor de enciclopédias. E hoje muitos motoristas de táxis trabalham para o Uber e para o 99. As invenções humanas fizeram a vida mais fácil, fizeram com que as pessoas precisassem se esforçar cada vez menos para sobreviver. Mas cada invenção veio com um custo.

Quando a primeira revolução chegou com suas máquinas de fiar, lágrima mecânica e máquinas a vapor, vários sapateiros e tecelões tiveram que se adaptar ao novo jeito mais rápido de fazer roupas e sapatos, ou perderam seus empregos. E essa não foi nem a primeira nem a última vez que algo assim aconteceu. Do mesmo jeito que telefonistas, vendedores de enciclopédias, motoristas de táxis, sapateiros e tecelões tiveram que enfrentar as novas realidades impostas pela tecnologia, outras centenas de milhares de profissionais também experimentaram.

Segundo a CNBC, um estudo recente descobriu que só nos Estados Unidos mais de 670 mil empregos foram perdidos para robôs entre 1990 e 2007. E não para por aí. Nos últimos anos, essa mudança que já vinha ganhando foi ainda mais acelerada. Um estudo desenvolvido pela Universidade de Brasília em 2018 concluiu que até 2026 cerca de 30 milhões de empregos formais no Brasil poderão ser ocupados por robôs e programas de computador.

Com a pandemia, o boom tecnológico foi ainda mais intensificado. Após ser regulamentada pelo governo federal durante a pandemia em 2020, a telemedicina foi experimentada por pelo menos metade da população brasileira entre abril de 2021 e abril de 2022, segundo o Cetic. O censo de 2020 da Associação Brasileira de Educação a Distância constatou um aumento de 50% na rentabilidade dos cursos de graduação e pós-graduação EAD e uma elevação nos cursos presenciais e híbridos. Enquanto a pesquisa Consumo Online no Brasil aponta um crescimento de 20% nos pedidos de alimentos feitos pelo menos uma vez por semana por aplicativos ou pela internet durante uma pandemia.

Sabe o que isso quer dizer? A tecnologia está se transformando em todo tipo de profissão. É claro que isso não significa que os médicos, professores ou atendentes vão ficar sem trabalhar. Mas aqueles que não conseguirem se adaptar e seguir o fluxo das mudanças, com certeza ficarão chupando o dedo. Segundo o sociólogo José Pastore, presidente do Conselho de Emprego e Relações do Trabalho da Fecomercio de São Paulo, o mundo precisará requalificar 1 bilhão de trabalhadores nos próximos anos. Isso quer dizer que muita gente vai ter que se reinventar se não quiser ficar desempregado. E todo tipo de profissão está incluído nesse bolo, desde as mais complicadas como a medicina, até as que desabilitam um menor nível de qualificação como atendente de lanchonete.

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Quais profissões irão desaparecer?

Você já deve ter se separado com um atendente virtual ao ligar para alguma franquia ou até mesmo para sua operadora. Hoje o serviço em muitos casos ainda é bem limitado e faz a gente passar uma raiva danada tendo que repetir tudo e mesmo assim o robô do outro lado não entendendo nada. Muitas vezes a melhor opção acaba sendo pedir para transferir para um atendente humano de qualquer maneira. Mas o que a gente tá assistindo é uma tecnologia dando seus primeiros passos para ocupar de vez uma área de telemarketing. Isso tem acontecido aos poucos e a tendência é que continue. Além dos atendentes virtuais por telefone, os chatbots, que são os robôs que atendem os clientes por chat, também têm se popularizado muito.

Segundo o Banco Asiático do Desenvolvimento, até 2030 a inteligência artificial e outras tecnologias semelhantes podem demitir 286 mil trabalhadores nas Filipinas, país que é líder mundial na área de call center. E, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, no Brasil, o setor de telemarketing ativo e receptivo, que empregou 291 mil pessoas em 2017, tem 100% de probabilidade de robotização.

O mesmo tá acontecendo em redes de fast food. Você sabe aquelas novas máquinas de autoatendimento do MCDonald’s onde o cliente precisa fazer o pedido? Ali a gente não tem contato humano nenhum, só escolhe o que quer comer com alguns cliques, já consegue pegar o recibo e aí só espera o lanche ficar pronto. E do jeito que as coisas andam, não vai demorar muito até o MCDonald’s conseguir usar robôs para montar os hambúrgueres também. É só parar pra pensar, robôs não precisam de planos de saúde, férias e nem mesmo descanso, eles são trabalhadores perfeitos e incansáveis. Uma competição com qualquer humano é desleal, não tem como vencer.

E se engana quem pensa que os empregos que desativam mais qualificação estão a salvo. Quando se fala na tecnologia tomando postos de trabalho, os pensamentos mais recorrentes são que os únicos trabalhadores substituídos serão aqueles menos complicados, mas isso não é verdade. John Pugliano, fundador e gestor financeiro da Investable Wealth LLC e autor do livro “A chegada dos robôs: um guia de sobrevivência para os seres humanos se beneficiam na era da automação”, falou em uma entrevista à BBC Mundo sobre a forma como os operários que treinaram em fábricas foram substituídos pelo avanço tecnológico e disse que o mesmo pode acontecer com profissões altamente talentosas que não parecem tão ameaçadas assim.

Segundo ele, os médicos e advogados, por exemplo, nunca irão desaparecer, mas as oportunidades nas áreas tendem a diminuir. Para John, os médicos perderão cada vez mais espaço com a automatização de serviços como o diagnóstico de doenças comuns. Os advogados que trabalham apenas em escritórios, lidando com documentos e tarefas do dia a dia, serão em sua maioria remanescentes. Os arquitetos serão cada vez menos contratados para projetos simples. Os contadores menos complicados serão passados ​​para fácil, e só os especializados em assuntos tributários mais complexos devem garantir suas cargas. Os pilotos de guerra devem ver uma redução dos postos de trabalho, já que os aviões não tripulados já são uma realidade. A demanda por policiais com baixo nível de especialização deve cair com o serviço de vigilância sendo passado para sistemas tecnológicos. E os corretores de imóveis devem continuar investindo nos sites que já mostram fotos, vídeos e notificações até visitas pela internet, com os famosos passeios virtuais 360º.

Existem ainda algumas profissões não mencionadas por John que também estão na lista. Os bancários e os trabalhadores da construção civil também entram na conta. Segundo a Contraf, entre 2013 e 2018, o setor bancário eliminou 62 mil vagas no País, e apesar de não ser possível saber quantas delas foram por conta da automação de serviços, o próprio sindicato da área diz que a tecnologia teve um papel importante na queda do número de funcionários.

Primeiro vieram as caixas eletrônicas que causaram a emissão de muitos atendentes bancários. Também há uma onda de bancos digitais que trabalham com menos funcionários e vêm atraindo cada vez mais clientes e o fato de que não utilizamos mais muito o dinheiro de papel. De acordo com o Ipea, o trabalho do gerente de contas de pessoa física e jurídica tem 75% de chance de ser automatizado, o da caixa de banco 63% e o do escriturário, que trabalha principalmente com burocracias de escritório, 91%. Essas três funções somaram 87,5 mil vagas no final de 2017, quase 30 mil a menos que em 2012.

Enquanto isso, na construção civil, o presidente do sindicato estima que 80% dos mestres de obras, pedreiros e ajudantes em geral serão substituídos pela automação e que essa estimativa deve aumentar ainda mais na medida em que novas tecnologias na área sejam apresentadas. Na construção civil um grande movimento que cresceu com a Indústria 4.0 é uma construção modular. Apesar de não ser algo novo, vem ganhando força e pode industrializar a construção civil, algo que até tempos atrás era impensável.

Um dos métodos mais utilizados hoje é a construção de banheiros, onde as orientações e orientações já estão prontas para o encaixe na obra. É só fazer a conexão com a rede de água, esgoto e energia e encaixar na construção. Segundo o site Piniweb Se imaginamos um edifício de 15 andares, com 04 unidades por andar e cada uma delas com dois banheiros, estamos falando de 120 banheiros no total, com um tempo médio de 10 meses para serem finalizados no modo convencional. Já com os banheiros prontos, a instalação acontece em um dia e de forma programada durante o progresso da obra, sem perda de tempo, e uso de mão de obra.

Ou seja, uma empresa especializada em construção de banheiros pré prontos pode estar ameaçando alguns empregos na construção civil e quem não estiver adaptado, pode sim sofrer as consequências desse avanço tecnológico, assim como em outras áreas, então o que fazer nesse cenário?

Afinal, qual é a profissão do futuro? É verdade que a tecnologia vem destruindo e transformando trabalhos há séculos, mas ela criou muita coisa também. A telefonia moderna acabou com o emprego dos telefonistas. Mas as operadoras hoje empregam milhares de pessoas. O Google deu um fim definitivo para o vendedor de enciclopédias. Mas a internet criou centenas de milhares de oportunidades de emprego. Os motoristas de táxis perderam espaço, mas os mais espertos alguns logo começaram a trabalhar com transporte por aplicativo para complementar a renda.

Alguns empregos estão sumindo sim, mas outras oportunidades estão sendo criadas. Claro que apenas para as pessoas que estão qualificadas para elas. Duas coisas serão muito requisitadas no mercado de trabalho futuro: pessoas que trabalham muito bem com tecnologia e aquelas com excelentes habilidades sociais, já que ainda é difícil pros robôs simularem certos traços humanos, como a empatia.

O sociólogo José Pastore alerta que, se quiserem sobreviver, os trabalhadores precisarão se atualizar constantemente, ter bom senso, lógica de raciocínio, capacidade de adaptação, conseguir trabalhar em equipe e ser capaz de entender manuais de instrução e aplicar o conhecimento. Em um mundo onde tudo está online, as habilidades específicas que ajudam as empresas a se estabelecer na Internet estão em alta demanda e continuarão por um tempo.

Hoje, os profissionais mais valorizados e exigidos não são mais aqueles com habilidades altamente específicas, mas sim aqueles que têm duas ou mais habilidades essenciais, e que são capazes de aprender coisas novas sem precisar de alguém falando isso pra eles. Isso pode ser um desafio para muitas pessoas que, ao optarem por fazer uma faculdade, acreditaram que iriam fazer aquilo pelo resto da vida, ou que acabam criando uma dificuldade para se adaptarem à constante mudança. Ao mesmo tempo, quem é mais flexível e entende que existe uma oportunidade muito grande em desenvolver novas habilidades, acabando por conseguir boas oportunidades, muitas delas em empresas de crescimento acelerado que só o mundo digital possibilita.

E aí, você acha que sua profissão pode estar ameaçada?

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